quarta-feira, 4 de abril de 2012

Energia solar terá leilão específico

Objetivo é reduzir o custo de produção, tornando este tipo de energia mais viável financeiramente
Após a realização de leilões específicos, a geração de energia eólica, atualmente, já é competitiva entre as outras fontes produzidas no Brasil, como térmica e hidrelétrica. Agora, a meta é reduzir o custo de produção da energia solar, tornando a matriz financeiramente viável. Para isso, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu que, "dentro de algum pouco tempo", o governo federal realizará um leilão específico para a energia através dos raios solares.

Segundo o ministro, que esteve presente ontem no lançamento da pedra fundamental da indústria de aerogeradores da alemã Fuhrländer, no Pecém, há um grupo de estudiosos da Universidade de São Paulo (USP) elaborando uma "solução criativa e econômica" para a geração de energia solar no Brasil.

Maturação da ideia

Lobão afirma ainda que, antes de lançar o leilão específico, espera que essa ideia passe por uma maturação, "a fim de que isso só aconteça com segurança para aplicação de todos os métodos já existentes". "Dentro de muito pouco tempo estaremos fazendo isso", garante.

Em relação a incentivos tributários para a geração deste tipo de matriz energética, o ministro afirmou que estão sendo feitos estudos. "Nós demos um grande incentivo para a energia eólica no começo e daremos também para a energia solar. Estamos nos estudos preliminares para isso", afirmou.

O ministro destacou o pioneirismo do Ceará nesta fonte de energia, já que o município de Tauá, no sertão dos Inhamuns, possui a primeira usina solar comercial do Brasil, liderada pelo empresário Eike Batista.

Produção de energia limpa

Em discurso do evento de ontem, Edison Lobão exaltou a produção de energia limpa no Brasil, afirmando que hoje "o mundo todo observa o Brasil com ansiedade em relação à sua matriz energética".

O ministro também criticou a utilização de carvão mineral na produção de energia, citando a preocupação da Organização das Nações Unidas (ONU) com os impactos que isto traz ao meio ambiente. Na contramão disso, as duas maiores usinas de geração elétrica em construção no Ceará, também no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), utilizarão o carvão mineral para seu funcionamento: a Energia Pecém e a Pecém II, programadas para entrar em operação ainda este ano. (AOL)

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1122922

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